Leia 1 Reis 19.1-13
Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus. Salmo 46.10
Por boa parte de minha vida, considerei o silêncio nos relacionamentos uma coisa negativa: um sinal de desaprovação, rejeição ou desinteresse.
De muitas maneiras, também via o silêncio de Deus como uma coisa negativa. Uma fonte inesperada ensinou-me algo diferente. Há vários anos, uma amiga pediu-me para fazer parte de um pequeno grupo de pessoas que cuidava de uma senhora idosa. Sobrevivente de duas guerras mundiais, ela era uma pessoa vibrante e, apesar de estar totalmente confinada à cama, estava determinada a permanecer em sua própria casa. Por 18 meses visitei-a regularmente. Embora tivéssemos desentendimentos ocasionais, com o tempo nós construímos um relacionamento alicerçado na total honestidade, confiança e respeito. Ela contou-me a história de sua vida e ouviu com interesse algumas de minhas próprias histórias.
Ao aproximar-se do fim da vida, ela tornou-se menos propensa a falar. Na penumbra de seu quarto, nós nos sentávamos num silêncio confortável. A experiência foi curativa para mim e aprendi que a comunicação que pode acontecer no silêncio transcende as palavras. Em meio à vida agitada e barulhenta, aprendi que é possível experimentar uma profunda ligação na quietude e atenção.
Às vezes, nós usamos as palavras para esconder. Deus nos chama a uma intimidade que vai além das palavras, onde podemos estar totalmente atentos e atentas e, verdadeiramente, experimentar a presença de Deus nos momentos de silêncio.
Oração: Ó Companheiro dos corações solitários, que possamos nos aquietar e saber que Tu és Deus. Em nome de Jesus. Amém.
Pensamento para o dia: Em que momento posso me aquietar e silenciar no dia de hoje?
Oremos pelas pessoas que estão confinadas pela doença.
Autoria: Marion Palmer (Sul da Austrália, Austrália)
Texto extraído do Guia Devocional Diário "No Cenáculo" - Igreja Metodista, Editora Cedro.
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