Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: - Não chore! Lucas 7.13
Como o prédio em que moramos estava em obras, uma pequena trinca surgiu na pintura da nossa varanda. O líder da equipe de pintores combinou comigo que faria o reparo, mas não apareceu. Justificou-se, depois, por estar preso a um serviço mais urgente no outro bloco e marcou uma nova data. Novamente não apareceu.
Alguns dias depois, eu e minha esposa estávamos saindo da garagem quando o encontramos. Perguntamos o que tinha acontecido, de forma amistosa e até em tom de brincadeira. Fomos surpreendidos por sua resposta: na madrugada do dia em que ele havia se comprometido conosco, seu filho de 24 anos sofreu um acidente de automóvel e faleceu. Prestamos a ele toda a solidariedade possível e prometemos orar pela família envolvida nessa tragédia. Ele, naturalmente, precisava de apoio, e não de cobranças.
Dei graças a Deus por ter sido amistoso na abordagem e fiquei imaginando o quanto teria me arrependido se, antes de saber o motivo de sua ausência, tivesse sido ríspido com ele. Foi uma grande lição sobre o quanto temos que ter cuidado ao reagir ao que outras pessoas fazem ou deixam de fazer. Quem sabe as dores, os problemas que podem estar enfrentando? Devemos ser instrumentos de apaziguamento e conforto, e não de agravamento de angústias por meio de palavras duras e de incompreensão.
Pensamento: Vou sempre ser paciente e ouvir antes de me posicionar.
Victor Cláudio Paradela Ferreira (Juiz de Fora, MG)
www.nocenaculo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário!