Translate

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RESENHA - A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

          É uma narrativa em primeira pessoa, cuja narradora – personagem é a Morte.
          Ela vai contando e descrevendo a vida de Liesel Meminger, que, por conseguir escapar de suas garras por três vezes, foi merecedora dessa história extraordinária.
          Liesel, ao ser levada, juntamente com seu irmão menor, numa viagem de trem com destino à cidade de Molching, próxima a Munique, no trajeto, vê seu irmão morrer no colo da mãe. Em seguida, é separada da mãe quando foi entregue aos cuidados do casal Hans e Rosa Hubermann. Ao chegar em sua nova casa, trazia consigo, escondido, o exemplar de um livro, “O Manual do Coveiro”, que pertencia ao rapaz que enterrou seu irmão e que o deixara cair.
          Assim começa a trajetória de Liesel, com seu primeiro livro roubado. Ela roubaria muitos outros durante os quatro anos seguintes. Foram esses livros que editaram seu perfil de adolescente; foi a vontade de ler e aprender que lhe deu forças para vencer numa Alemanha em guerra.
          Com muita sensibilidade, Markus Zusak nos mostra o Nazismo na visão de uma criança. É um enfoque diferente, sem as cores da política, apenas uma constatação nua e crua da realidade vivida por essa menina.
          Liesel consegue sobreviver ao tornar-se devoradora de livros e amante das palavras. Ao tecer uma pequena teia de amigos, começando com o próprio Hans, com Max Vandenburg, um judeu que se esconde no porão de sua casa e com o qual ela se identifica, a mulher do prefeito e Rudy Steiner, seu melhor amigo, Liesel amadurece e se torna suficientemente forte para vivenciar a perda das pessoas que ela amava.
          Quando finalmente a Morte consegue encontrar-se com Liesel não consegue esconder sua admiração por essa personagem especial e proporciona a ela, como uma espécie de prêmio, um encontro com seu trabalho há muito perdido: “A Menina que Roubava Livros”.

                                                                                  Limarchiori

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário!